quarta-feira, 8 de abril de 2015

Dica de leitura: “O Sári Vermelho”, de Javier Moro.


"A história real da mulher que desafiou a Índia por amor"

"O amor de uma mulher. 
A saga de uma família. 
A epopeia de uma nação."



Espetáculo de livro! Amei. História real de amor, política, dedicação e saga familiar. Simplesmente imperdível. Essa obra é aquelas que além de entreter, nos ensina. A saga da família Nehru-Ghandi é narrada com grande eloquência e com riqueza de detalhes, mas não só como uma biografia ou romance. O livro conta, e explica, a história social, religiosa e política da Índia.

O título remete ao sári vermelho - peça de roupa típica da Índia, fiado por Jawarharlal Nehru quando esteve preso, para presentear sua filha Indira. Esse sári tem uma carga histórica, pois foi usada por Indira Gandhi, sua nora Sônia e sua neta Priyanka em seus respectivos casamentos.

O ‘Sári Vermelho’ é uma epopeia. É a saga de Nehru, Indira, Rajiv, Sanjay, Maneka, dos bilhões de habitantes da Índia, com os erros e acertos, no intuito de construir uma nação mais justa e independente.

Além dessa carga cultural, o livro traz a história linda de amor, dedicação e abnegação de Sonia, uma mulher que abandonou a Itália, sua terra natal, para viver ao lado de seu amor. Além disso, Sonia ajuda a Índia a concretizar sonhos de uma grande nação. A história é envolvente e muito bem escrita.

O livro conta detalhadamente a história da dinastia Nehru-Gandhi, explicando a história da Índia independente, seus costumes e tradições. Rajiv, marido de Sonia Gandhi, uma italiana de Orbassano, foi vítima de um atentado terrorista. A mãe de Rajiv, Indira Gandhi, e avô Nehru, também foram assassinados. Os três atuaram no cargo de Primeiro-Ministro da Índia e lutaram para manter o país independente. Depois da morte de Rajiv, Sonia supera o preconceito por não ser indiana de nascimento e assume a presidência do maior partido democrático da Índia, tornando-se uma das mulheres mais influentes do mundo.

A história familiar que se confunde com a história política da Índia tem, ainda, a nuance da simplicidade. No livro vemos uma família comum como qualquer outra, com seus problemas familiares e atritos. Sempre achamos que famílias que estão no poder estão acima das convenções e acima de conflitos ideológicos e filosóficos, mas nessa obra há o relato detalhado de que isso é ilusão. Todas as famílias têm seus percalços. Indira teve dois filhos, um deles foi Rajiv, grande político, mas também teve Sanjay, que era uma pessoa inconsequente e preocupada apenas em ter poder a qualquer custo. Este se casa com uma mulher ambiciosa que dá asas a esse traço problemático de sua personalidade, o que traz grandes problemas familiares e políticos.

A narrativa do livro nos dá esperança de lealdade e devoção pelo país. Sonia abre mão de suas convicções (odiava política), e em benefício de uma nação, assume o papel que o povo precisa.

A dedicação, a coragem e a honestidade da família em prol de um país é apaixonante e nos faz sonhar com um futuro melhor e com governantes que realmente estejam engajados na causa do povo. Sonho? Utopia? Não sei. Mas eu sou uma sonhadora e apaixonada... Prefiro acreditar que existem pessoas que, um dia, farão acontecer em nosso país e no mundo todo.

Adoro sagas com pano de fundo uma história real, e esse livro nos transporta para a Índia de forma incrível, nos fazendo compreender o dia-a-dia, os costumes, tradições e a política daquele país.

O livro vai muito além de um simples romance, ele relata a história política da Índia, sua cultura, os oitocentos idiomas, crenças, tradições, enfim, é uma aula sobre esse país asiático que é a maior democracia do mundo.

Recomendo a leitura! O livro é fascinante!

Boa leitura! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário