domingo, 8 de dezembro de 2013

Chegou o Natal, mas e daí?


Mais um Natal se aproxima, o ano termina... As esperanças se renovam, esperança de paz, amor, fraternidade, amor ao próximo...

Como assim? Só porque chega o natal e termina o ano, as pessoas que passaram o ano inteiro semeando a discórdia, brigando, olhando apenas para seu umbigo, que não foram capazes de crescer, de perdoar, de amar, de ser pessoas melhores, agora vêm com esse discurso lindo - e hipócrita, de que natal é tempo de paz!??? Comigo não.

De que adianta nesse tempo de correria, lojas lotadas, ruas apinhadas, sentimentos à flor da pele, se no dia 26 de dezembro ninguém mais se lembra de fazer o bem? Se o ciúme, o ódio, a inveja, as mesquinharias retornam com força total? De que serve isso tudo? Só serve para aumentar vendas das lojas, porque o verdadeiro sentido do natal e o amor ao próximo está sendo esquecido há muito tempo. Aliás, o amor a nós mesmos está sendo deixado de lado. Não amamos o próximo e nem a nós mesmos.

A ordem é aparentar felicidade - não precisamos ser felizes de verdade, mas temos que demonstrar isso, querendo que todos vejam a nossa ‘família perfeita’, nossos bens grandiosos, nosso trabalho com status, nossas roupas de grife, nosso look perfeito, a mesa bem posta... Por ‘fora’ estamos lindos, mas e por dentro?? Querem a verdade? Corações dilacerados.

De que adianta passar o ano todo magoando as pessoas, não sendo capaz de olhar ao próximo ou a estender a mão, a não reconhecer os erros e defeitos, humilhar, ofender, lembrar apenas de “ter” e não de “ser”, querer manter aparências, trabalhar de sol a sol sem se lembrar de viver e acrescentar alguma coisa ao mundo, mas agora no Natal, felicitar até o ‘cachorro’ do vizinho, comprar presentes para quem nem se olhou na cara durante o ano inteiro e ‘fazer de conta’ que o mundo é lindo, perfeito e que todo mundo se ama?? Isso basta pra você?

Hoje em dia ninguém se importa em quanto bom você foi durante o ano, ou durante sua vida. Ninguém se importa se você foi leal aos seus princípios, se esteve sempre ao lado da justiça, da verdade e da moralidade. Na noite de Natal (e nesse época) o importante é o que você ganhou de presente e o quanto você tem! O carro novo tão sonhado? Aquele vestido maravilhoso? A jóia mais brilhante?

Sinceramente, prefiro sentimentos reais. Como sempre digo: “ser” e não “ter”. Amor, felicidade, justiça, lealdade, companheirismo... isso sim, não tem preço e também não estão à venda.

Quanto custa uma amizade sincera? Um abraço apertado? Essas atitudes estão em falta no ‘mercado’... Talvez essa seja a origem primordial de tanta gente nos consultórios psiquiátricos com uma depressão que corrói até os ossos.

Natal é tempo de luz, é tempo de lembrar-se Daquele que deu Sua vida por nós, no seu exemplo de amor, humildade, paz... Mas não podemos lembrar-nos disso tudo apenas nessa época. Não sejamos hipócritas. Natal tem que ser todos os dias. Temos que ser amor todos os dias.

O espírito de Natal tem que nos acompanhar sempre. Sem ser moralista: temos que nos lembrar do próximo, lembrar que ele é tão importante como nos mesmos, que ninguém é mais que ninguém. O que custa ser amável, educado e caridoso com as pessoas? O que custa ser gentil e amoroso? Um sorriso, uma gentileza não custam nada, mas valem um montão. Custa tão pouco ser feliz, mas na correria do dia-a-dia esquecemos que o próximo é de carne e osso como nós. Que todos querem um carinho, seja na forma de um abraço afetuoso, ou de um simples sorriso de bom-dia!

Desejo a vocês amigos, um belíssimo Natal e que ele se perdure por todos os dias do Ano Novo, com muita paz, amor, saúde e prosperidade. Que sejamos nós o abraço amigo e afetuoso todos os dias do ano novo que se inicia.

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