São vários
os livros que retratam os terríveis anos do holocausto. Os livros que falo
neste post retratam a vida de dois jovens – de diferentes maneiras, durante
aqueles anos. O primeiro é de uma menina que sabia dos horrores que estavam
acontecendo e que se salvou através dos livros. O segundo é de um menino
totalmente ingênuo que não tinha ideia de nada do que estava acontecendo. São histórias
que tem como pano de fundo a segunda grande guerra. Apesar da lembrança dessa
parte horrenda da história mundial, recomendo esses livros. São emocionantes e
surpreendentes!
"A
Menina que Roubava Livros" (de Markus Zusak)
conta a história de Liesel Meminger que encontrou a morte três vezes. Desde o
início da vida de Liesel, em Molching, cidade próxima a Munique, ela precisou
achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Depois de ver
seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados
de Hans e Rosa Hubermann. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um
livro, "O Manual do Coveiro” (roubado do rapaz que enterrara seu irmão o
deixara cair na neve - foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria nos anos seguintes). Foram estes livros que nortearam a vida de
Liesel enquanto a Alemanha era transformada diariamente pela guerra.
Apesar dos
horrores da guerra que são narrados no livro, é emocionante perceber a “sede”
de conhecimentos que lhe rendeu um propósito: salvar-se e ajudar os outros.
É lindo
ver que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras,
sobretudo num período em que a vida ao
redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra.
Além disso, ela ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros
artesanais para contar a sua parte naquela história. A Morte, perplexa diante
da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto
entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto.
“O Menino
do Pijama Listrado" (de John Boyne) é uma história sobre amizade em tempos de guerra, e
sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um drama terrível e inimaginável. Na trama, Bruno um garoto de nove anos, não sabe nada
sobre a guerra, o holocausto e a solução final dada aos judeus. Também não faz idéia de
que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua
família está envolvida diretamente no conflito.
Bruno sabe apenas que foi
obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma
região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar. Da
janela de seu quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, centenas de pessoas de pijama,
que sempre o deixam com um frio na barriga.
Em uma de suas andanças Bruno
conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no
mesmo dia que ele.
Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos
poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai e as
pessoas que usam o pijama listrado. Porém, o final é completamente diverso do
que imaginamos durante a trama... é surpreendente e triste, mas nos deixa
lições.
Boa leitura!
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