segunda-feira, 24 de setembro de 2012

"A Menina que Roubava Livros" e "O Menino do Pijama Listrado"


São vários os livros que retratam os terríveis anos do holocausto. Os livros que falo neste post retratam a vida de dois jovens – de diferentes maneiras, durante aqueles anos. O primeiro é de uma menina que sabia dos horrores que estavam acontecendo e que se salvou através dos livros. O segundo é de um menino totalmente ingênuo que não tinha ideia de nada do que estava acontecendo. São histórias que tem como pano de fundo a segunda grande guerra. Apesar da lembrança dessa parte horrenda da história mundial, recomendo esses livros. São emocionantes e surpreendentes!

"A Menina que Roubava Livros" (de Markus Zusak) conta a história de Liesel Meminger que encontrou a morte três vezes. Desde o início da vida de Liesel, em Molching, cidade próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, "O Manual do Coveiro” (roubado do rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve - foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria nos anos seguintes). Foram estes livros que nortearam a vida de Liesel enquanto a Alemanha era transformada diariamente pela guerra.
Apesar dos horrores da guerra que são narrados no livro, é emocionante perceber a “sede” de conhecimentos que lhe rendeu um propósito: salvar-se e ajudar os outros.
É lindo ver que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, sobretudo num período em que a vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Além disso, ela ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela história. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto.


“O Menino do Pijama Listrado" (de John Boyne) é uma história sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um drama terrível e inimaginável. Na trama, Bruno um garoto de nove anos, não sabe nada sobre a guerra, o holocausto e a solução final dada aos judeus. Também não faz idéia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida diretamente no conflito. 
Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar. Da janela de seu quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga. 
Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. 
Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai e as pessoas que usam o pijama listrado. Porém, o final é completamente diverso do que imaginamos durante a trama... é surpreendente e triste, mas nos deixa lições.

Boa leitura!

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